Domingo, 09 de novembro de 2008 Edição n°12266 09/11/2008
MANDALAS
As energias da arte
Quando a arte passa a ter um sentido maior e não é apenas uma peça de decoração, tem o poder de equilibrar, alegrar, purificar e proteger o ambiente
Da Redação
Autoconhecimento, equilíbrio das energias e muita luz em forma de círculos. Assim podem ser apontadas algumas das potencialidades da milenar expressão de arte chamada Mandala, que para a artista plástica e arquiteta Daniely Tamara Moraes, de 30 anos, apaixonada por este símbolo, também conhecido como o 'círculo mágico', já se transformou numa espécie de identidade na hora de criar telas.
"Quando a arte passa a ter um sentido maior do que ser apenas uma peça de decoração, ela tem o poder de equilibrar, alegrar, purificar e até de proteger um ambiente.", define Daniely, ao contar que a paixão pelas Mandalas começou quando ela resolveu estudar essas formas e a retratá-las em benefício próprio, numa busca por harmonização, força, fé e autoconhecimento.
Como a experiência com ela deu certo, 'Dani Tamara' (assim assina suas telas), decidiu compartilhar com os outros as mesmas vibrações e energias positivas que recebeu de suas Mandalas, por meio dos temas e das cores que usa para criar, só que agora personalizadas.
Ela relata que como a Mandala se assemelha muito ao ser humano e ao que cada um traz dentro si, no centro da sua fictícia 'Mandala física', é isso que torna o trabalho dela tão minucioso, já que cada pessoa ou ambiente são únicos. Por isso também esta arte deve ser trabalhada de maneira singular em suas formas e cores, para que atenda os anseios de cada um.
"Faço um estudo de toda a informação captada através de entrevista informal com a pessoa que deseja ter sua própria Mandala e o resultado me dá subsídios para o uso das cores e símbolos mais indicados para cada caso. Ao desenharmos uma Mandala, criamos sempre algo sagrado", afirma.
Daniely diz que apesar da forma circular ser uma regra para as Mandalas, a legítima, se constitui mesmo a partir do seu ponto central e define seus 'poderes' na repetição ou na simetria que o constituírem. "É ao redor do centro que o desenho é desenvolvido, esse é o foco visual que deve atrair o olhar de quem observa uma Mandala", explica.
Quando se cria uma Mandala, o que está no em seu espaço interior, onde as formas se desenvolvem, é sagrado, aquilo que está fora deste espaço é profano. A linha circular é, portanto, o limite entre o divino e o mundano, entre a consciência e a inconsciência, entre a alma e a matéria, entre a união e a desagregação.
"A linha circular é na verdade uma fronteira, pois cada Mandala é um campo de forças no qual as emanações das formas, da estrutura numérica e das cores são poderes vibracionais atuantes que estimulam a mente, equilibram as emoções e ativam os processos físicos, se tornando uma poderosa fonte de cura", diz.
A artista explica que pelo fato da arte ser usada como foco de meditação, para atrair sorte, captar energias, harmonizar ambientes e transformar vibrações negativas em positivas, é preciso saber aplicar muito bem as cores e dominar a técnica de composição, já que elas têm uma grande influência psicológica sobre o ser humano e servem como fonte de estímulo para a alegria, vibração, serenidade e ou tranqüilidade.
"Dominar a técnica de cores é muito importante no processo de confecção de uma dessas obras, já que todas as vezes que fazemos contato visual com uma mandala, nossa energia é alterada. O resultado positivo ou não dessa mudança, também depende muito das cores. Um exemplo claro que posso usar é que se uma pessoa ansiosa, agitada ou 'elétrica', deseja ser mais calma, serena e tranqüila, eu jamais poderia usar em sua Mandala (ou usar com muita cautela), cores estimulantes como o vermelho e o amarelo", relata.
Dani é cuiabana, e profunda admiradora do trabalho dos artistas locais. Ela diz que a faculdade de Arquitetura e Urbanismo a ajudou no aprofundamento técnico de desenho, mas confessa que o que a motivou a começar seus primeiros trabalhos em óleo sobre tela, foram obras de Adir Sodré. "A influencia que recebi em casa foi decisiva para despertar em mim a afinidade que tenho pela cultura cuiabana. Principalmente esse lado ligado a espiritualidade e ao religioso", reforça ela ao dizer que em diversas telas usa a pomba, símbolo do Divino Espírito Santo, uma das manifestações religiosas mais importantes para a cuiabania (Festa do Senhor Divino).
Apesar de ter dezenas de telas espalhadas por todo Mato Grosso e até em outros estados, Daniely nunca expôs seu trabalho. Com o foco voltado para as Mandalas e para a força que emanam, ela já começou a criar as telas que farão parte de sua primeira exposição aberta ao público, esperada para o início de 2009, ainda sem local definido. A artista promete surpreender e levar todos os que visitarem sua exposição a uma viagem única para dentro de si mesmo.
Dani finaliza falando da sua inspiração para criar, que segundo ela, é oriunda na natureza como todas as energias que regem as mandalas, a vida. "Hoje entendo o quanto a convivência junto à natureza despertou em mim a admiração pelo nosso criador (Deus). O capricho 'dele' ao dar a Mato Grosso os três ecossistemas foi tão grande, que o resultado pode ser admirado nas florestas (Amazônia), Pantanal e no nosso Cerrado (Chapada dos Guimarães). Graças a "ele" posso me inspirar nessas riquezas sem ter que sair do meu Estado. Me sinto uma privilegiada.", Finaliza.
O ateliê de Daniely fica em sua casa, no bairro Flamboyant, em Cuiabá. Mais informações podem ser obtidas com a própria artista pelos telefones 9982-4994/3626-2155 ou pelo Email/MSN: dtamara9@hotmail.com.
Diário de Cuiabá
domingo, 11 de janeiro de 2009
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Ola Dani Tamara, bom dia! sou amigo do Marcelo(Macaw), gostei muito do seu trabalho com as telas de Mandalas. Gostaria de saber quanto ficaria uma de suas telas com o tema harmonia e prosperidade. Dede já sucesso e muito obrigado!
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